Atleta Lutt: Amanda Baronio

Atleta Lutt: Amanda Baronio
Existem pessoas que carregam consigo uma força silenciosa, uma presença que inspira sem precisar de muitos gestos. Amanda Baronio é uma dessas pessoas. Ela não cresceu cercada por troféus nem dentro de academias históricas — mas carrega uma bagagem poderosa de coragem, foco e inteligência emocional que se traduz em cada passo da sua trajetória no Jiu-Jitsu. Sua história mostra que o verdadeiro legado não é herdado, é construído. Competidora nata, Amanda conquistou seu primeiro ouro com apenas três meses de treino, provando que disciplina, paixão e propósito são os pilares mais sólidos de um atleta. A conexão com a Lutt começou ainda antes dos pódios — ela foi o rosto da nossa primeira campanha. Desde então, o que era trabalho virou laço, parceria e admiração mútua. Neste post, você vai conhecer de perto quem é Amanda Baronio: dentro dos tatames, mas principalmente, fora deles.
Principais títulos e campeonatos
- Campeã Brasileira CBJJ - Categoria Adulto Faixa Branca Meio Pesado
- Vice Campeã Open Floripa - Feminino Adulto Faixa Azul Pesado
- Múltiplas vezes campeã peso e absoluto na COPA PRIME - Faixa roxa, azul e branca
O que motivou iniciar o Jiu-Jitsu e quando começou?
“Iniciei no jiu-jitsu em janeiro de 2022, após assistir meu irmão lutar uma Copa Prime e sentir uma vontade muito forte de estar ali competindo. Também pelo que ele me falava sobre essa arte marcial, que havia trazido para ele muitos benefícios. Nunca achei que fosse gostar de competir, mas descobri uma paixão e uma certa pré-disposição pra esse ambiente competitivo, já que consegui desde a minha primeira experiência administrar muito bem o meu mental, que acredito ser o mais desafiador, principalmente nas primeiras vezes competindo. O jiu-jitsu, assim como para o meu irmão, também mudou a minha vida, a minha percepção sobre mim, me trouxe pessoas incríveis e me mostrou também o que não estava sendo benéfico na minha vida.”
Planos e expectativas para o futuro no esporte
“Espero continuar competindo e potencializando o meu progresso no jiu-jitsu através disso e que de alguma maneira a minha trajetória possa inspirar outras pessoas. Nunca é tarde para começar, eu comecei com 27 anos, mas ainda que tivesse começado aos 50 ou não tivesse os pódios como objetivo, eu buscaria comunicar de alguma maneira a transformação que esse esporte trouxe pra minha vida e o quanto ele é apaixonante, principalmente para as mulheres: o jiu-jitsu desenvolve a nossa confiança, nos mostra que somos capazes daquilo que sequer imaginávamos. Me expressar é algo muito importante e acredito muito na comunicação e expressão como maneira de inspirar. O jiu-jitsu e a competição nos colocam em constante contato com os sentimentos e pensamentos e se você se abre pra isso, ele se torna uma ferramenta incrível de autoconhecimento também.”
Inspirações e exemplos na vida e no esporte
“Minhas maiores referências no jiu-jitsu são outras mulheres, e eu busco sempre me espelhar naquelas que têm uma trajetória na qual me identifico de alguma forma: Melissa Cueto, que veio de uma cidade do Rio Grande do Sul e hoje tem dois títulos de campeã mundial, ela tem mais de 30 anos e performances incríveis. A Nika, professora e comunicadora que admiro demais, que faz um trabalho muito necessário para o jiu-jitsu feminino, Luandra Barbosa que é uma atleta que iniciou na faixa branca, de uma cidade do interior e vem se destacando muito nas competições, Amanda Magda que tem 45 anos e luta de adulto e ganha diversos títulos. São mulheres que fogem dessa trajetória que se inicia da infância ou adolescência, nas faixas coloridas e pegam a faixa preta aos 21/22 anos, que não é a minha realidade. Jiu-jitsu técnico temos aos montes, vindo de homens e mulheres, e isso também me serve de estudo, mas eu busco aprender e me inspirar pra além do jogo que esses/as atletas têm, pelas suas histórias principalmente, isso me torna mais resiliente e mais focada nos meus objetivos.”
Uma frase/lema de vida que usa
“Comecei a usar essas frases na faixa azul: ‘5 minutos não definem nada’ e ‘a vida é muito boa fora dali’ pra lembrar que no fim das contas, ganhando ou perdendo, a vida continua, as pessoas que realmente te amam e admiram permanecem e aquilo ali não te faz mais ou menos. Essas frases são lembretes pra trazer leveza ao processo e dessa forma, soltar mais o controle e o medo de perder.”
Conselho para mulheres que queiram começar Jiu-Jitsu
“Atitude e coração aberto. Se coloquem como aprendizes, fomentem a competição entre nós de maneira saudável, permitam-se colocar em primeiro lugar e desenvolver o seu jiu-jitsu, não tenham medo de machucar ou serem grosseiras. Mais do que buscar ambientes acolhedores e com treino de nível alto para mulheres, precisamos fazer a nossa parte e criar esses ambientes.”
O que significa para você ser uma atleta patrocinada pela Lutt?
“Ser uma atleta Lutt, na minha trajetória, significa tudo. Significa que tem alguém e uma marca que acredita e que torce por mim desde cedo, que vê valor no que eu tenho feito e o melhor de tudo, eu também vejo valor e acredito no que ela está fazendo, e quero mais do que tudo que nossa parceria siga por anos e anos até a faixa preta, tocando a vida de mulheres pelo mundo, proporcionando uma estrutura cada vez melhor pras próximas atletas que virão.”